sexta-feira, 2 de março de 2012

Um poema para recordar minhas origens....



Herança. 


Não trocaria nenhuma gota
deste sangue rubro
que me corre nas veias!
Nem por sangue aristocrata,puro,
azul ou de outro tom qualquer!
Porque o sangue que herdei
de meus antepassados
traz  nas células,
a Vida e o Passado, como  rios
de caudalosas águas borbulhantes
que por todas as paisagens
deste mundo,
foram passando !
Nos meus olhos, a luz de inúmeros 
poentes  que em ouro puro,
deslumbrantes,ficaram
para sempre 
na memória ancestral...
E as noites de escuro veludo,enfeitadas
com as preciosas jóias  das estrelas,
no fundo do meu ser
ainda estão!


E o som dos violões!
E o perfume do vento !

Ser livre e poder  cantar,dançar...
As estradas fulvas a se estender
à frente...Caminhar!
A buscar a esperança e a alegria
sentindo a  grama verde e macia, sob os pés!
A areia dourada,as montanhas azuis...A distância.
O trote dos cavalos,o balanço  e o sono.
Minha alma nostálgica
torna-se a criança
que dorme aconchegada
no âmago de um vurdón!
Não trocaria este sangue rubro
que nas minhas veias corre
por nada deste mundo!
Nem por dinheiro algum.
Pois guardo sempre
este régio tesouro 
silenciosamente protegido,
a sonhar e a refulgir
dentro de mim!

CEZARINA MACEDO.-28/Fev./2012.




quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

UM QUADRO MEU ...IKANA SARA KALI!



IKANA SARA! TU KE SAN PERVO IKANA ROMLI  ANELUMIA                                                       
BLAGOIS MURRO TRAIO!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Um poema para lembrar o holocausto cigano...



Lembranças.


Sons explodem na treva densa...
Rosas vermelhas se entreabrem
espalhando-se rubras,
Manchando a alva 
roupa da Paz...
Olhares perdidos
no vácuo gelado.
Vítreos,parados,
e  as águas salgadas
escorrem como fontes.
Lágrimas.
Desespero
transformado
em gélida agonia...
Carne dilacerada
e mãos que agarram o Nada.
Almas perdidas,violadas...
Mortos os corações.
Vultos sombrios,vazios,
vagando na dor.
A vida silencia...
Só o Vento frio
sussurra sua melodia
nostálgica.
As estrelas caladas
espiam as poças
geladas de frio.
A noite toca
um violino no escuro.


Cezarina Macedo-Jan.-2012.











>